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Melhorsal Itabuna -A Saúde do seu animal

Nossa missão é atender as exigências nutricionais dos animais,com a colaboração de nossos funcionários, fornecedores e acionistas, proporcionando o melhor custo beneficio para os nossos clientes.

A Melhorsal Itabuna é:

Referência na área de suplementação mineral para animais.

Suplementação mineral

Além de proteínas, fibras, energia e vitaminas os animais precisam receber minerais, o famoso sal. É que as pastagens tropicais não oferecem a quantidade exata de minerais que os bovinos precisam, por isso a necessidade da suplementação.

Marcos Silva Soares

Marcos Silva Soares, engenheiro agrônomo com curso de especialização em Nutrição animal (Mestrado nessa área), foi durante muitos anos pesquisador da CEPLAC onde realizou várias pesquisas na área.

sábado, 5 de maio de 2012

Nutrição Animal

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A nutrição animal é definida pelo conjunto de processos em que um organismo vivo digere ou assimila os nutrientes contidos nos alimentos, usando-os para seu crescimento, reposição ou reparação dos tecidos corporais e também, para elaboração de produtos (Ex: Produção de leite pela vaca).
Os animais, sejam eles para consumo humano ou de estimação, merecem uma alimentação balanceada e de qualidade. A nutrição animal reúne os pontos importantes e imprescindíveis para a saúde de bovinos, equínos, suínos, caprinos, aves e outros. Um dos aspectos mais destacados relacionado a esse tema se refere ao manejo correto dos elementos contidos na nutrição de animais de corte, ou seja, aqueles que serão direcionados para o consumo humano, pois esse fator influencia diretamente na saúde do homem.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Quem usa bons minerais, ganha mais no leite e na carne.


Numa vasta região do Sul da Bahia, onde a pecuária passou a ser a atividade principal do campo, após o declínio da cultura do cacaueira, há graves problemas na criação, hoje,  devido a deficiências de mineralização dos animais. Estudos realizados ali pelos serviços especializados da CEPLAC – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira  levantaram principalmente carências de fósforo e cobalto, mas também de cobre, zinco e magnésio, entre outros elementos.
Em conseqüência, registra-se queda acentuada na produção total dos rebanhos, refletida nos baixos índices de natalidade, da produção de carne e leite, da fertilidade e na perda de precocidade, apesar e alto grau de sangue zebuíno das criações, deficiências debitadas principalmente à falta de fósforo, além de emagrecimento progressivo e mesmo morte, quando e escassez mais grave é cobalto.
Marcos Silva Soares, engenheiro  agrônomo com curso de especialização em Nutrição animal (Mestrado nessa área), foi durante muitos anos pesquisador da CEPLAC e colaborou nesses estudos .
Hoje ligado a uma empresa particular atuando nessa área, ele diz que o problema é grave, mas poderia ser solucionado, se os pecuaristas se detivessem um pouco mais em analisar o que perdem e o que poderiam ganhar com uma correta mineralização de seus rebanhos. Ele próprio tem trabalhando para isso e conhece muitos exemplos reais.
Na fazenda de Ademir Dantas, em itapebi, por exemplo, que passou a fornecer sais minerais permanentemente a seus animais, as novilhas do rebanho leiteiro, mantidas em regime de pasto, agora então chegando aos 300 quilos de peso com um ano e meio de idade.Antes, se sobrevivessem, só chegavam aos 300 quilos com três anos pelo menos.
Na mesma região de Itapebi, a Fazenda Canadá, de Hercílio Nunes, que cria gado de corte, obtinha um ganho de peso de 4 arrobas /hectare/ano em seus animais. Depois que passou a usar misturas minerais corretas, a produtividade média do rebanho de Hercílio passou a 10,8 arrobas/ hectare/ano.
A fertilidade das vacas também apresenta grande melhora com a mineralização, diz Marcos Silva Soares. Na propriedade de Nílson Alberto dos Santos, esta já em Jequié, no extremo oposto da região, a taxa de fertilidade do rebanho da propriedade mal chegava aos 40% . Agora, a partir da mineralização permanente e outras medidasadequadas de manejo, está em torno de 80%. Com isso, a média de produção do gado, que era de 2 litros de leite diários por vaca, já passou para 5 litros, mesmo com animais comuns.
O essencial, na mineralização, enfatiza Marcos Soares, é que as misturas seja corretamente formuladas e atendam às necessidades da região. Isso já é possível, nos municípios pesquisados, graças à formulação de misturas minerais elaboradas após os levantamentos da CEPLAC, e que estão disponíveis em duas formulações básicas, uma para gado de leite e outra para o de corte.
Segundo ele, a união de esforços entre o pessoal de pesquisa e os de extensão rural já está começando a dar resultados para mudar o quadro regional. Mas é essencial, diz, que os produtores se conscientizem do problema e, no particular, recorram a agrônomos, veterinários e técnicos agrícolas que possam fazer recomendações corretas.Esse serviço está disponível na região e gratuitamente. A produção a ser obtida compensará plenamente os gastos na aquisição dos minerais conclui Marcos Soares.
Isso porque as formulações pesquisadas para região e que estão sendo recomendadas se baseiam nas pesquisas realizadas durante um ano pelos especialista da CEPLAC. Nelas se levaram todas as informações necessárias para se chegar a uma boa formulação mineral, após avaliação das carências (e também dos níveis tóxicos) no solo, plantas e nos animais comuns da região.
                                Carência de fósforo e cobalto são comuns em toda a região. E o gado sofre.


sábado, 24 de setembro de 2011

MANEJO ESTRATÉGICO DA PASTAGEM



Introdução
À exemplo do que acontece no Brasil, a produção de leite e de carne no sudoeste da Bahia é feita predominantemente à pasto. Além de ser a fonte de alimentação mais econômica, esse sistema de produção tem credenciado o país na exportação de carne e seus derivados, gerando expectativas para que o volume exportado em 2005 atinja oito bilhões de dólares, com crescimento de 25% em relação ao ano anterior.

O sudoeste da Bahia apresenta condições edafoclimáticas ideais para produção a pasto. Em adição à tecnologia disponível representada principalmente pela disponibilidade de genótipo de forrageiras e de técnicas de manejo das pastagens, qualidade genética do rebanho e controle sanitário, já conferem à pecuária regional potencial para obtenção de elevados índices de produtividade.

Infelizmente a produtividade média regional ainda é baixa. A produção de leite por vaca embora tenha experimentado melhoras, ainda está entre 800 a 1000 litros/vaca/lactação, correspondendo a 1000 kg de leite/ha/ano. Quanto ao gado de corte a produtividade está entre 5 a 6 @/ha/ano. Esses índices são ainda insignificantes e bem abaixo da potencialidade tecnológica e dos agrossistemas pastoris que compõem a região. Dispõem-se de tecnologias zootécnica e de gerenciamento da produção, suficiente para obtenção de cerca de 6.480 kg de leite/ha/ano, para gado de leite e 20 @ de carcaça/ha/ano para o gado de corte. Em explorações mais intensivas a tecnologia disponível potencializa o alcance de respectivamente 21.500 kg de leite/ha/ano e 35 @ de carcaça/ha/ano. Resta analisar os fatores que limitam, a adoção dessas técnicas por um número maior de produtores de modo a melhorarem sua renda e contribuírem para melhorar os

Escolha da forrageira
A produtividade da pecuária à pasto está diretamente relacionada com o potencial da forrageira, sua adaptabilidade ao ecossistema e principalmente com o manejo adotado. As forrageiras, quanto à sua exigência nutricional e conseqüentemente resposta à adubação podem ser classificadas em três grupos, apresentados na Tabela 1.

Tabela 1 – Classificação das forrageiras quanto à exigência nutricional.

Grupos
Forrageiras
Grupo 1: elevada exigência nutricional
Capins: elefante, tifton, coastcross, tanzânia, mombaça, colonião.
Leguminosas:soja perene, leucena.
Grupo 2: Média exigência nutricional
Capins: braquiarão ou marandu, xaraés, jaraguá, ruziziensis, braquiária-de-brejo, estrela africana.
Leguminosas: centrocema, siratro, , tropical, guandu, amendoim forrageiro.
Grupo 3: Baixa exigência nutricional
Capins: gordura, braquiária comum (B. decumbens), humidicola, B. dictyoneura, andropogon.
Leguminosas: stylozanthes (mineirão), desmodium cv. Itabela, calopogônio, cudzu tropical.


É fundamental que na fazenda sejam atribuídas às áreas mais férteis forrageiras mais exigentes e produtivas. O plantio de forrageiras mais exigentes em solos pobres implica necessariamente na adubação da pastagem para que não haja queda de produtividade seguida da sua degradação. O capim–humidicola estabelecido em solo de tabuleiros costeiros necessitaria pouquíssima adubação fosfatada para produzir satisfatoriamente, já o capim-braquiarão (marandu), nessas mesmas condições, necessitaria de calagem, maior dosagem de fósforo, além nitrogênio e potássio.

Além da exigência nutricional outro fator importante na escolha da forrageira é a sua adaptabilidade às condições de excessiva umidade do solo e capacidade de cobertura do solo. Para áreas sujeitas a alagamento deve-se preferir os capins, braquiaria-de-brejo, capim-bengo, humidicola e estrela africana, ordenados de acordo com o nível de tolerância. Áreas com topografia muito acidentada, devem preferentemente ser deixadas como áreas de reserva permanente. Nas áreas medianamente acidentadas devem ser utilizadas forrageiras estoloníferas/decumbentes como é o caso de alguns capins dos gêneros Brachiaria (decumbens e humidicola) e do Cynodon (coastcross, tifton).

Na história da pecuária brasileira tem sido comum a substituição de forrageiras mais exigentes em fertilidade de solos, portanto mais produtivas, por forrageiras menos exigentes, a medida que se observa a queda da fertilidade do solo. Com isso acontece um verdadeiro retrocesso, com redução de produtividade, sem evitar que com o passar do tempo, ocorra a degradação da pastagem. Nesse caso é preferível não substituir a forrageira, mas sim proceder a reposição dos nutrientes, seguida do manejo adequado da pastagem. O mais grave também acontece, substituir forrageira de baixa exigência nutricional em pastagens degradadas por outra mais exigente sem o correspondente uso de fertilizante e manejo adequado.

Manejo da pastagem
O correto manejo das pastagens é fundamental para garantir a produtividade sustentável do sistema de produção e do agronegócio. Atrelados ao bom manejo estão a conservação dos recursos ambientais, evitando ou minimizando os impactos negativos da erosão, compactação e baixa infiltração de água no solo, de ocorrência comum em áreas mal manejadas e/ou degradadas. O manejo incorreto das pastagens é o principal responsável pela alta proporção de pastagens degradadas observada em todas as regiões do Brasil.

O princípio básico do bom manejo é manter o equilíbrio entre a taxa de lotação e a taxa de acúmulo de massa forrageira, ou seja, a oferta de forragem (quantidade e qualidade). Para atender esse pré-requisito é necessário compreender a dinâmica dos componentes do ecossistema de pastagem: forrageira (potencial produtivo, taxa de crescimento, adaptabilidade), solo (fertilidade, textura, topografia) clima, animal (comportamento ingestivo, taxa de lotação). A taxa de lotação, o número de cabeças/ha, novilhos/ha, vacas/ha ou UA/ha ( UA= unidade animal = 450 kg de PV), deve variar dentro e entre estações do ano em função da oferta de forragem. Essa oferta depende da taxa de crescimento das forrageiras que por sua vez, varia em função do clima (chuva, temperatura, radiação solar). No sudoeste da Bahia observa-se variação nas taxas de crescimento entre estação e nas diferentes ecoregiões. Na ecoregião de Itapetinga observa-se um período seco bem definido. Na ecoregião do extremo sul observa-se um inverno chuvoso, mas as baixas temperaturas observadas nesse período (junho a agosto), reduzem a taxa de crescimento das forrageiras (Tabela 2) sugerindo redução na taxa de lotação ou suplementação com volumoso nesse período.
 
Tabela 2 – Taxa de crescimento observada para gramíneas e leguminosas forrageiras no extremo sul da Bahia.

Forrageiras
Mínima precipitação
Máxima precipitação

Kg/ha/dia
Gramínea(1)
37,9
91,5
Leguminosas(2)
13,3
41,7

(1) Média de 5 espécies ou cultivares.
(2) Média de 5 espécies ou cultivares.
Fonte: PEREIRA, et al. (1995)


No manejo das pastagens existem basicamente dois sistemas de pastejo: o pastejo contínuo (lotação contínua) e o pastejo rotacionado (lotação rotacionada). Os demais são derivações do pastejo rotacionado, tais como pastejo alternado, pastejo diferido, etc. Esses sistemas de pastejo estão representados na Figura 1.

Forrageiras
Período de descanso (dias)
Altura do pasto (cm)
Entrada
Saída
Capim-elefante
36
110 - 120
40 – 50
Colonião, tanzânia, mombaça
36
70 - 80
30 – 40
Braquiarão, xaraés
36
40 – 50
20 – 25
Brachiaria decumbens
28
30 – 40
15 – 20
Capim humidicola, tifton 85, coastcross, estrela africana
21 – 28
20 – 30
10 - 12


O período de ocupação (PO), é o tempo que os animais ficam pastejando em cada piquete. A sua duração deve ser compatível com a oferta de forragem acumulada e esta é realmente quem define a taxa de lotação pretendida. Na definição do período de ocupação também deve ser observado o resíduo pós-pastejo, que deve ser adequado para garantir a rebrotação no período de descanso seguinte. Sugestões sobre alturas de resíduos para algumas forrageiras são apresentadas na Tabela 3. O PO nunca deve exceder a 7 dias. O ideal é que fique entre 1 e 3 dias para gado de leite e 3 a 5 dias para gado de corte, dependendo da intensidade e do potencial de produção dos animais. O gado de leite é mais sensível a períodos de ocupação mais longos, pois a medida que passam os dias a produção de leite cai. Assim, para vacas com produção acima de 12 kg de leite/dia, o ideal é adotar PO de 1 dia.

O tamanho do piquete depende do número de animais definido em função da oferta de forragem, do período de ocupação e da área total disponível para o sistema. A área dos piquetes não deve ser necessariamente a mesma. O importante é que a disponibilidade de forragem dentro do piquete, ou seja a área útil. Piquetes com topografia muita acidentada ou com áreas alagadas, pedras, etc. devem ser maiores. Deve-se fazer uma divisão agronômica/zootécnica da pastagem e não uma divisão meramente topográfica. O número de piquetes quando se tem somente um lote por sistema de pastejo é calculado pelo quociente do PD pelo PO, somado a 1. O uso de mais de um lote em um mesmo sistema de pastejo é mais difícil de ajustar, devendo ser evitado.

Deve-se preferir piquetes na forma quadrada ou retangular, com a largura mínima igual a um terço do comprimento. O planejamento do sistema deve ser feito por técnico especializado em manejo de pastagem. Corredores, bebedouros, cochos saleiros ou para suplementação, áreas de descanso, devem ser alocados de modo a reduzir e tornar mais o cômodo possível o percurso dos animais. Em área acidentada, os corredores devem ser projetados cortando o declive, a fim de evitar a erosão e amenizar o esforço dos animais. Isso se torna mais importante ainda em gado leiteiro, onde a posição do estábulo/sala de ordenha deve também ser levada em consideração no planejamento do sistema de partejo. Uma vaca leiteira deixa de produzir cerca de 0,5 litro de leite/dia para cada quilometro percorrido em terreno plano. Em área acidentada essa redução pode triplicar. O arranjo de sistema de partejo com lotação rotacionada mais utilizado é aquele que adota uma área de descanso (do piquete do animal), onde são alocados os bebedouros (ou aproveitamento de corpos de água naturais), cochos saleiros, com livre acesso dos animais a partir do piquete que estão utilizando. De acordo o tamanho dos piquetes e área total do sistema pode haver de uma a várias áreas de descanso.

O nível de produtividade obtido no sistema de partejo está diretamente relacionado com a fertilidade do solo ou com o nível de adubação adotado e com o potencial de resposta da forrageira. Para forragens do grupo 1 (Tabela 1) o nível de fósforo no solo deve ser mantido em no mínimo 10 ppm. Utilizando-se os capins elefante e braquiarão e com adubação de 160 kg/ha de N, 60 kg/ha de K2O e 160 kg/ha de P2O5, em um sistema de partejo com lotação rotacionada (3 x 36 dias), na Essul/Ceplac, Itabela, obteve-se taxas de lotação, ganhos de peso diário e ganho de peso/ha de respectivamente, 4,6 e 4,1 UA/ha, 359 a 456 g/nov/dia e 785 e 756 kg/ha, no período de 385 dias (PEREIRA, et al. 2005). Níveis de N de 200/300 kg possibilitam a obtenção de 1000 kg/ha de PV ou 33@/ha.

No entanto, com bom manejo e com baixos níveis de nutrientes pode-se obter produções bem superiores à média regional. Adubação de 20 kg/ha de P2O5 e 90 kg/ha de N em pastagens de B. humidicola, em solos quatzosos (Faz. Barra dos Manguinhos, Ilhéus, BA) e de tabuleiros costeiros do sul da Bahia (Ceplac/Essul, Itabela) possibilitaram respectivamente a obtenção de 20 kg de leite/ha/dia e de 16 a 24 @/há (PEREIRA et al., 1996). Na consorciação dessa gramínea ou do Brachiaria dictyoneura com amendoim forrageiro cv Belmonte, sem adubação nitrogenada, obteve-se produção semelhante com o uso de novilhos de corte (SANTANA et al., 1998).

Considerações finais
Com a adoção de manejo estratégico das pastagens é possível elevar consideravelmente a sua produtividade e manter a sustentabilidade do sistema de produção. O uso de adubação implica no refinamento maior desse manejo, a fim de aumentar a eficiência do adubo aplicado.

Na condução de qualquer sistema deve ser respeitada a variação na taxa de crescimento da forrageira, adequando a taxa de lotação ao acumulo de forragem promovido por esse crescimento. A definição das varáveis de manejo mencionada deve ter uma certa flexibilidade para ser ajustado de acordo com as peculiaridades de cada forrageira, condições edafoclimáticas da região e intensividade do sistema de produção.

Literatura citada
RODRIGUES, R. de A. R. Conceituação e modalidades de sistemas intensivos de pastejo rotacionado. In: Simpósio sobre manejo de pastagem, 14. 1997, Piracicaba. Anais... Piracicaba: FEALQ. p. 1-24.

PEREIRA, J. M.; REZENDE, C. de P. e MORENO, M. A. R. Pastagens no ecossistema Mata Atlântica: Atualidades e perspectivas. In: Reunião da Sociedade Brasileira de Zootecnia. Simpósio: Produção Animal e o Foco no Agronegócio. 42, 2005, Goiânia. Anais... Goiânia, SBZ. p. 36-55.

PEREIRA, J. M.; MORENO, R. M. A.; CANTARUTTI, R. B. et al. Crescimento e produtividade estacional de germoplasma forrageiro. In: Ceplac/Cepec (ed.) Informe de Pesquisa – 1987/1990. Ilhéus: Ceplac, 1995, p. 307-309.

PEREIRA, J. M.; SANTANA, J. R. de, & REZENDE, C. de P. Alternativa para aumentar o aporte de nitrogênio em pastagens formadas por capim humidícola. In: Reunião da Sociedade Brasileira de Zootecnia, 39, 1996, Fortaleza. Anais... Fortaleza: SBZ, 1996, p. 38-40.

SANTANA, J. R. de; PEREIRA, J. M.; REZENDE, C. de P. Avaliação da consorciação de Brachiaria dictyoneura Slopz. Com Arachis pintoi Kaprov & Gregory. sob pastejo. In: Reunião da Sociedade Brasileira de Zootecnia, 35. 1998. Botucatu. Anais... Botucatu: SBZ, 1998, p. 406-408.
 

José Marques Pereira Engº Agrº DS
Pesquisador da Ceplac/Cepec

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Manejo de cochos


È fundamental a utilização correta de cochos, pois através de pesquisas, foi verificado que de 8 a 10% dos bovinos podem não ter acesso ao cocho de sal mineral, em função da estratificação hierárquica que se verifica no rebanho, quando existem diversas categorias animais em um mesmo pasto, pode ocorrer um aumento de até 25% de animais isentos de sal mineral. È recomendado a utilização de cochos em lugares com sombra e perto de aguadas, de preferência nos cantos, onde os animais são acostumados a passar a noite. Se necessário mais de um cocho, é indicado que este seja colocado do lado oposto para se obter maior aproveitamento da pastagem.

As medidas recomendadas são de 5 cm por cabeça de cada lado do cocho, sendo assim para um rebanho de 100 cabeças, o mínimo seria um cocho de 2,5 metros de comprimento com acesso aos dois lados.

A altura do cocho deve ser de acordo com a categoria animal, porém nunca pode estar no chão, pois animais podem pisar, defecar e urinar sobre o sal, diminuindo então o consumo e a qualidade do sal. Quando falamos de mineralização para bezerros não devemos nos preocupar em qual o sal ideal para esta categoria, pois nesta fase de vida estes recebem todos os nutrientes minerais de que precisam pelo leite materno e do pasto quando dele se utilizam; a única recomendação é que o cocho esteja à altura dos bezerros também para que estes possam lamber quando quiserem.

Quanto um animal deve ingerir por dia?

As necessidades dietéticas são fatores de pouca interferência, com exceção do cloreto de sódio (sal comum). Assim animais deficientes em certos minerais, se colocados diante a duas misturas, uma palatável, porém desprovida dos minerais de que eles precisam, e outra contendo aqueles minerais, porém de forma não palatável, consumirão a primeira, e desprezarão a segunda, mesmo que isto implique a morte por deficiência. Como foi citado, o cloreto de sódio, até certo ponto é consumido de acordo com as necessidades dos animais, graças a sua palatabilidade, sendo assim utilizado como ingrediente controlador de consumo.

Um animal adulto deve ingerir de 60 até 100 g de sal mineral por dia, sendo que depende da palatabilidade do sal. Se o consumo estiver baixo é indicado o uso de palatabilizantes, como o melaço em pó, fubá de milho, levedura seca ou até mesmo palatabilizantes comerciais, porém, se o consumo estiver muito alto, é necessário aumentar o cloreto de Sódio, limitando o consumo.

O que a falta de alguns minerais essenciais podem causar ?

A falta de minerais ou desbalanço de minerais pode causar problemas na produção animal, sendo que a principal perda ocorre na reprodução, tanto em fêmeas como nos machos. Em algumas fazendas, cuja mineralização é feita de maneira ineficiente, a taxa de prenhes pode ser até menor que 50%, o que significa que a atividade está inviável e para recuperar estes índices é necessário um trabalho a longo prazo, com minerais balanceados de acordo com as necessidades de cada categoria animal.

Os principais minerais envolvidos na reprodução são: o Fósforo, cuja carência revela atrofia ovariana, cios silenciosos, retardo no aparecimento do primeiro cio pós-parto e maior número de serviços necessários por concepção e o excesso cio silenciosos ciclos irregulares e catarros genitais, Cálcio cuja deficiência acarreta principalmente distúrbios puerperais em conseqüência de baixa contratilidade uterina, Selênio, sua deficiência aumenta incidência de retenções placentárias e o Manganês aumenta a incidência de abortos.

Disponibilidade de minerais essenciais nas forragens





Grande parte das pastagens do Brasil são deficientes em Fósforo, Sódio, Zinco, Cobre e Cobalto, já o magnésio e o cálcio estão, quase que sempre, em níveis próximos ao adequado, o potássio, ferro e manganês estão na maioria das vezes acima das exigências dos animais. Embora forrageiras diversas podem diferenciar-se em capacidade para extrair e acumular nutrientes do solo, estas variações não são tão importantes quanto as decorrentes de diferenças na fertilidade dos solos onde elas são cultivadas. Assim, por exemplo, o capim mombaça cultivado em solo de média fertilidade pode apresentar composição mineral inferior à uma decumbens cultivada em solo de cultura, a grande diferença é que a decumbens pode crescer e produzir abundante massa verde em solos de baixa fertilidade, embora apresente uma composição pobre em minerais e outros nutrientes, enquanto que o mombaça simplesmente não se desenvolve nestas condições.