segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Quem usa bons minerais, ganha mais no leite e na carne.


Numa vasta região do Sul da Bahia, onde a pecuária passou a ser a atividade principal do campo, após o declínio da cultura do cacaueira, há graves problemas na criação, hoje,  devido a deficiências de mineralização dos animais. Estudos realizados ali pelos serviços especializados da CEPLAC – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira  levantaram principalmente carências de fósforo e cobalto, mas também de cobre, zinco e magnésio, entre outros elementos.
Em conseqüência, registra-se queda acentuada na produção total dos rebanhos, refletida nos baixos índices de natalidade, da produção de carne e leite, da fertilidade e na perda de precocidade, apesar e alto grau de sangue zebuíno das criações, deficiências debitadas principalmente à falta de fósforo, além de emagrecimento progressivo e mesmo morte, quando e escassez mais grave é cobalto.
Marcos Silva Soares, engenheiro  agrônomo com curso de especialização em Nutrição animal (Mestrado nessa área), foi durante muitos anos pesquisador da CEPLAC e colaborou nesses estudos .
Hoje ligado a uma empresa particular atuando nessa área, ele diz que o problema é grave, mas poderia ser solucionado, se os pecuaristas se detivessem um pouco mais em analisar o que perdem e o que poderiam ganhar com uma correta mineralização de seus rebanhos. Ele próprio tem trabalhando para isso e conhece muitos exemplos reais.
Na fazenda de Ademir Dantas, em itapebi, por exemplo, que passou a fornecer sais minerais permanentemente a seus animais, as novilhas do rebanho leiteiro, mantidas em regime de pasto, agora então chegando aos 300 quilos de peso com um ano e meio de idade.Antes, se sobrevivessem, só chegavam aos 300 quilos com três anos pelo menos.
Na mesma região de Itapebi, a Fazenda Canadá, de Hercílio Nunes, que cria gado de corte, obtinha um ganho de peso de 4 arrobas /hectare/ano em seus animais. Depois que passou a usar misturas minerais corretas, a produtividade média do rebanho de Hercílio passou a 10,8 arrobas/ hectare/ano.
A fertilidade das vacas também apresenta grande melhora com a mineralização, diz Marcos Silva Soares. Na propriedade de Nílson Alberto dos Santos, esta já em Jequié, no extremo oposto da região, a taxa de fertilidade do rebanho da propriedade mal chegava aos 40% . Agora, a partir da mineralização permanente e outras medidasadequadas de manejo, está em torno de 80%. Com isso, a média de produção do gado, que era de 2 litros de leite diários por vaca, já passou para 5 litros, mesmo com animais comuns.
O essencial, na mineralização, enfatiza Marcos Soares, é que as misturas seja corretamente formuladas e atendam às necessidades da região. Isso já é possível, nos municípios pesquisados, graças à formulação de misturas minerais elaboradas após os levantamentos da CEPLAC, e que estão disponíveis em duas formulações básicas, uma para gado de leite e outra para o de corte.
Segundo ele, a união de esforços entre o pessoal de pesquisa e os de extensão rural já está começando a dar resultados para mudar o quadro regional. Mas é essencial, diz, que os produtores se conscientizem do problema e, no particular, recorram a agrônomos, veterinários e técnicos agrícolas que possam fazer recomendações corretas.Esse serviço está disponível na região e gratuitamente. A produção a ser obtida compensará plenamente os gastos na aquisição dos minerais conclui Marcos Soares.
Isso porque as formulações pesquisadas para região e que estão sendo recomendadas se baseiam nas pesquisas realizadas durante um ano pelos especialista da CEPLAC. Nelas se levaram todas as informações necessárias para se chegar a uma boa formulação mineral, após avaliação das carências (e também dos níveis tóxicos) no solo, plantas e nos animais comuns da região.
                                Carência de fósforo e cobalto são comuns em toda a região. E o gado sofre.


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